As primeiras duplas.

As primeiras duplas a registrar o gênero nos saudosos discos de vinil foram Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocaba e Mariano e Caçula – que, além de começar a tradição das famosas “duplas sertanejas”, que permanece até hoje, lançaram as “modas de viola”, com temas ligados principalmente a fatos do cotidiano, e narrações em tom irônico.
tonico
Os intérpretes mais famosos dessa primeira fase são Tonico e Tinoco, que em 1946 gravaram Chico Mineiro, um clássico da música caipira. Nos anos 60, Sérgio Reis passa a gravar o repertório tradicional sertanejo, popularizando o estilo.
Como acontece com todo ritmo musical, o sertanejo aos poucos incorporou novos elementos e se modificou: já nos anos 70, a dupla Milionário e José Rico trazia influências da tradição mexicana, com violinos e trompetes e uma forma de cantar mais soluçante, que se tornou característica dos músicos.
Novos instrumentos musicais, como a guitarra, a influência do country norte-americano (que ditou as roupas típicas do estilo, como as botas, os chapéus e os cintos de fivelas grandes) e a mudança do cenário do interior para os centros urbanos deram origem, na década de 80, ao chamado “sertanejo romântico” – domínio de artistas como Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano e João Paulo & Daniel, responsáveis pelo sucesso de Fio de Cabelo, Pense Em Mim e Entre Tapas e Beijos, entre tantas outras. Esta fase do sertanejo é considerada o primeiro gênero musical de massa produzido e consumido no próprio Brasil.
sergio reis


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