Escravidão No Brasil Colonial

Escravidão No Brasil Colonial
- A escravidão começou no Brasil no século XVI. Os colonos portugueses começaram escravizando os índios, porém a oposição dos religiosos dificultou esta prática. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste.
- Os escravos também trabalharam nas minas de ouro, a partir da segunda metade do século XVIII.
- Tanto nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras, difíceis e perigosas.
- A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam castigos físicos.
- O transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem.
- Os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias.
- Os escravos não podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém, muitos praticavam a religião de forma escondida.
- As mulheres também foram escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade.
- Muitos escravos lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam viver de acordo com sua cultura.
- A escravidão só acabou no Brasil no ano de 1888, após a decretação da Lei Áurea.
Açúcar
Chamamos de monocultura o tipo de exploração agrícola que tem como base a produção de um único tipo de produto. Normalmente ela está associada ao que chamamos de latifundiários, que são os donos de grandes extensões de terras. As grandes propriedades da colônia viviam da prática da monocultura, e se voltavam para a prática do mercado externo, utilizando de mão-de-obra escravapara poder suprir a demanda. Essa mão-de-obra era inicialmente indígena, vindo a ser trocada pelos negros africanos posteriormente.
Esses latifúndios realizavam a prática do plantio da cana-de-açúcar, que também poderia ser chamada tanto de latifúndio monocultor quanto de plantation. Além das plantações, esses locais possuíam instalações e equipamentos que já serviam para refinar o açúcar: moendas, caldeira, casa de purgar. Sendo conhecidos como engenhos, muitas famílias passaram a morar neles para acompanhar de perto o processo de trabalho nos canaviais, além disso, os escravos eram praticamente 100% da mão de obra existente, muito pouco era o número de funcionários assalariados. Eles viviam em senzalas, lugares de um só cômodo, sem nenhuma higiene ou conforto, misturados homens, mulheres e crianças, como animais. Além de todo o trabalho braçal eles ainda trabalhavam na casa grande, servindo aos senhores de engenhos.
Como os portugueses já conheciam a prática do plantio da cana-de-açúcar, esse produto foi escolhido para ser o principal produzido no Brasil, além do que esse produto era muito aceito na Europa. Como o produto era muito procurado pelos europeus, os holandeses decidiram também investir no país, instalando engenhos.

A partir da metade do século XVII o ciclo do açúcar no Brasil colonial começou a declinar, já que agora o país tinha fortes concorrentes, como as Antilhas, por exemplo, que por ironia do destino eram financiadas e comercializadas pelos holandeses. Portugal agora buscava por uma nova forma de explorar as riquezas da colônia, foi quando no século XVIII teve início a exploração de diamantes e ouro, dando início a um novo ciclo econômico.


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